Imigrantes da Líbia e do Sudão palestram na Escola Notre Dame Menino Jesus
Através dos livros, é possível viajar para diferentes lugares, mesmo sem sair de casa. Afinal, pelas palavras, pode-se conhecer personagens e culturas distintas, sem pagar por transporte, estadia ou qualquer outra coisa. Foi em uma viagem dessas que estudantes de 7º Ano da Escola Notre Dame Menino Jesus embarcaram, através do livro “As Mil e Uma Noites”, clássico da literatura árabe adaptado para o português pela escritora Julieta Godoy Ladeira.
A partir da leitura – que faz parte do Projeto “LeNDo e EscreveNDo na Escola: Uma Atitude Necessária e Sustentável”, desenvolvido há 3 anos pela Rede de Educação Notre Dame, em todas as suas instituições de ensino -, os educadores do segmento desenvolvem, ao longo do semestre, de forma multidisciplinar, diversas ações, a fim de inserir os estudantes no contexto da obra e ensinar mais sobre a cultura e os costumes árabes.
Uma delas aconteceu nessa quarta-feira (06), quando, reunidos no auditório da instituição de ensino, os educandos receberam a visita de Radwan Mohamed Jehani e Fawaz Fouad Saad Mohamed, imigrantes da Líbia e do Sudão que, atualmente, residem em Passo Fundo. Na conversa com os curiosos estudantes, os convidados expuseram diversas características da cultura árabe, como as roupas que usam, as comidas típicas de cada região e a religião que praticam.
Conforme a educadora de Inglês, Priscila dos Santos, o contato com os imigrantes também foi um momento para que os estudantes praticassem a língua estrangeira, já que a conversa aconteceu em dois idiomas: Português e Inglês. “Eles puderam aproveitar todo o conhecimento que adquiriram em sala de aula e usar na prática, com os dois palestrantes”, comenta.
Ainda neste mês, outra atividade relacionada à obra lida será realizada: divididos em grupos, os estudantes prepararão pratos típicos da cultura árabe, como kibes e esfihas, que devem ser partilhados com os demais colegas. De acordo com a educadora de Língua Portuguesa, Maria Cecília Marques, a ideia é que, através dessas ações, os educandos se sintam motivados a ler obras que retratem outras culturas. “Queremos que eles saibam que podem viajar, através dos livros, para qualquer lugar do mundo e que podem conhecer as características de cada povo”, destaca.