Encontro, realizado na Escola Notre Dame Menino Jesus, marcou, também, o retorno dos educadores às atividades profissionais
Dotada de profunda fé na bondade de Deus, Júlia Billiart respondeu, de forma ousada e profética, às necessidades de seu tempo, pois, em um contexto marcado pelas consequências da Revolução Francesa, lançou, na Bélgica, em 1804, as sementes de uma congregação dedicada à educação e à evangelização.
Em 1849, o carisma de Júlia – que serviu de base à Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur – orientou as jovens professoras alemãs Hilligonde Wolbring e Elisabeth Kühling em seu início de vida religiosa. Afinal, consternadas com os reflexos sociais da Revolução Industrial, partilhavam do seu compromisso de educar.
Dedicadas, principalmente a crianças órfãs e abandonadas, as amigas e colegas de magistério foram encorajadas a persistir na caridade e a organizar sua atuação como membros de uma congregação religiosa.
Foram, justamente, missionárias da Congregação das Irmãs de Notre Dame fundada por elas, em Coesfeld, as precursoras da obra Notre Dame no Brasil.
Ao comemorar os 95 anos da atuação das Irmãs em terras brasileiras, os colaboradores das obras mantidas por elas no Rio Grande do Sul participaram de encontro, no qual aprofundaram saberes sobre essa história de amor.
Reunidos na Escola Notre Dame Menino Jesus, na manhã de quinta-feira (08), profissionais que atuam em instituições assistenciais, educacionais e hospitalares foram conduzidos pela Superiora da Província da Santa Cruz da Congregação das Irmãs de Notre Dame, Irmã Araci Ludwig, por uma retomada histórica das origens da organização religiosa.
Além disso, durante a programação – que marcou a retomada das atividades profissionais dos docentes Notre Dame – a vice-provincial, Irmã Alcídia Guareschi, enalteceu o valor da espiritualidade – a dimensão humana que, segundo ela, se traduz pelo amor, pela sensibilidade, pela compaixão, pela atenção ao outro, pela responsabilidade e pelo cuidado. “Espiritualidade é aquela força, aquela energia que produz uma mudança dentro de nós, uma transformação capaz de dar um novo sentido à vida ou de abrir novos campos de experiência”, definiu. “Espiritualidade tem a ver com experiência, não com doutrina, não com dogmas, não com ritos, não com celebrações, que são caminhos institucionais capazes de nos ajudar na espiritualidade”, concluiu.