Amor é o tema que norteia esta edição do evento evangelizador, o qual será apresentado outras duas vezes em Passo Fundo e uma em Carazinho
Em uma simplória manjedoura repousa o maior gesto de amor conhecido pela humanidade. E, igualmente, a mais valiosa das lições a ela ensinadas. Afinal, no recém-nascido aninhado em panos e palha concretiza-se o desejo divino de doar a Si mesmo para o Seu povo salvar.
Rememorando a entrega por meio da qual o sentimento se fez ação, a Cantata Natalina volta ao seu formato original, de modo a oportunizar que os carazinhenses e passo-fundenses tornem a congregar-se para celebrar o milagre do Deus feito carne.
Após um biênio marcado pelas restrições ao convívio impostas pela pandemia de Covid-19, quando a festividade cristã foi lembrada por intermédio das plataformas digitais, a 16ª edição do evento estreou na noite de sábado (26), propondo-se a exaltar a relação descortinada pelo versículo que serve de lema ao espetáculo de cores e luzes; acordes e vozes; passos e feições.
“Nós amamos porque Ele nos amou primeiro”, explica a epístola inicial do apóstolo João (4:19), revelando a reflexão a que, quadro após quadro da apresentação, foram convidados os espectadores reunidos junto ao Colégio Notre Dame Passo Fundo.
Sob as dezenas de milhares de microlâmpadas que ornamentam a praça localizada defronte à instituição de ensino, crianças, adultos e idosos foram impelidos, pelos versos que compõem as canções entoadas por uma pluralidade de timbres, a reconhecer que, quando se ama, se age segundo o exemplo do Criador. Ele nos criou por amor, com amor e para o amor, esclarece a Superiora da Província da Santa Cruz da Congregação das Irmãs de Notre Dame, Irmã Dirce Slaviero. “É a capacidade de amar que nos torna imagens de Deus”, pontua a religiosa, justificando a escolha pelo tema que norteia as apresentações idealizadas para 2022.
“Em um mundo que busca na guerra, no conflito e no ódio a solução dos seus problemas, a Cantata Natalina quer ser o palco onde o amor seja a tônica”, prossegue Irmã Dirce, salientando que todo um ano transcorreu enquanto a Comissão Organizadora do evento evangelizador se dedicava a idealizar e a consolidar o roteiro artístico que, principiado com o já tão conhecido convite para “cantar a alegria de viver”, permitiu ao público compreender o Natal como uma oportunidade para que sejam trocados os mais valiosos dos presentes: um olhar caloroso, um sorriso acolhedor, um gesto gentil ou um abraço afável.
Para tanto, mais de 500 profissionais e voluntários se doaram à representação que culmina com o nascimento do menino Jesus. São integrantes das comunidades educativas Notre Dame, que emprestaram a expressividade das suas vozes e dos seus corpos para que o espírito natalino se fizesse sentir, ocasionando o marejar dos olhos e o delinear de sorrisos naqueles que, à medida que as músicas se sucediam, assistiam às coreografias e às dramatizações reproduzidas com esmero. São, ainda, estudantes da rede municipal de ensino, que emprestaram o seu canto e o seu entusiasmo para a narrativa tecida a partir do anúncio da boa nova à Maria. Até o momento em que os céus se alegraram com a chegada do Salvador, timbres maduros também se uniram para entoar os cânticos que perpassam o espetáculo, uma vez que membros da comunidade local dispuseram dos seus talentos para integrar o Coral Adulto da Cantata Natalina.
Por fim, há todos aqueles que permaneceram às sombras dos bastidores e, embora ignorados pelos espectadores, foram essenciais para que, nas arquibancadas, nos palcos e, até mesmo, na Avenida Brasil, cada detalhe precedendo o show destinado resplandecer o céu fizesse jus ao mais divino dos sentimentos: o amor.
03 de dezembro: diante do Colégio Notre Dame Aparecida – Carazinho
08 de dezembro: diante da Escola Notre Dame Menino Jesus – Passo Fundo
10 de dezembro: diante do Colégio Notre Dame – Passo Fundo