O projeto pedagógico intitulado “Fuga Naval: a construção de protótipos de barcos aplicada à aprendizagem de conceitos científicos” propiciou que a educadora Natália Cristine Ficanha, da Escola Notre Dame Menino Jesus, fosse selecionada como autora de uma das três melhores propostas da 8ª edição do Congresso Nacional de Educação.

Com a temática “O futuro da escola: repensando políticas e práticas”, o evento convidou docentes de todo o país para debaterem a educação, entre os dias 13 e 15 de outubro, em Maceió/Alagoas. Além disso, o Congresso realizou o Prêmio Conedu Escola, que, entre as normativas de participação, caberia ao professor participante descrever os resultados de uma proposta desenvolvida com os seus educandos, com vistas à melhoria das aprendizagens.

O projeto realizado por Natália com estudantes do 6° Ano do Ensino Fundamental II conquistou o 2° lugar entre os 7 mil inscritos. “O evento foi uma oportunidade muito rica de troca, além de um incentivo e reconhecimento muito grande pelo meu trabalho. Eu me senti extremamente valorizada.”, revela.

Fuga Naval – conheça a projeto

A atividade consiste em um experimento científico, o qual propiciou que os educandos inscritos no 6° Ano embarcassem em uma viagem pelo conhecimento. Afinal, eles iniciaram os estudos conhecendo a história de uma tribo que vivia isolada em uma ilha, a qual estava prestes a ser inundada, por isso seria necessário construir barcos para desocupá-la.

A partir desta narrativa, os educandos compreenderam os conceitos de densidade e flutuação ao realizarem testes com diferentes materiais reutilizáveis e, então, verificar quais deles seriam capazes de boiar ao serem colocados na água. Após tirarem suas próprias conclusões, os estudantes foram desafiados, de forma crítica e curiosa, a projetar e construir um barco que suportasse o peso mínimo de 300 gramas.

“Este tipo de abordagem educacional objetiva engajar os estudantes em atividades práticas desafiadoras, que os permitam percorrer áreas do conhecimento, a fim de construir ou resolver algum problema do desafio proposto.”, comenta a educadora. Além disso, o projeto leva em consideração quatro regras fundamentais: Criar nos faz humanos; Faça isso junto; Compartilhe; Se divirta.

Essa proposta possibilitou, ainda, o desenvolvimento de uma aprendizagem vinculada à aplicação prática dos saberes construídos com base em habilidades e atitudes. “A atividade contribuiu de maneira significativa com o desenvolvimento do pensamento científico, criando oportunidades para que os estudantes fizessem descobertas, testassem suas teorias e percebessem que a pergunta é mais importante do que a resposta, pois é ela que coloca o conhecimento em constante movimento”, destaca Natália.